sexta-feira, 26 de março de 2010

Vestidos inesquecíveis


Vindos do cinema, muitos modelos marcaram época e influenciaram a moda e o guarda-roupa das mulheres

Símbolo da feminilidade, o vestido é peça-chave no guarda-roupa de qualquer mulher. E os modelos mostrados nos filmes de Hollywood sempre influenciaram a moda, tanto nas passarelas como nas ruas. Pensando nisso, o jornal norte-americano “Los Angeles Times” publicou, no mês passado, uma lista com os 22 vestidos de cinema que marcaram época, segundo o estilista e especialista em figurinos Freddie Leiba. Entre os eleitos está o vestido preto de Rita Hayworth em “Gilda” (1946). Foi provavelmente pela sensualidade ousada para a época que o longo tomara que caia, de cetim e seda e com fenda até acima do joelho, ficou famoso.

Outro modelo do século 20 que foi muito copiado é o usado por Joan Crawford no filme

“Redimida” (1932). Na época, a grife Chanel, contratada para a produção do figurino da personagem, vendeu cerca de 50 mil peças iguais. “O vestido era de organza (tecido transparente) branco, acinturado e com ombros largos”, lembra Andréia Miron, consultora e professora de moda da Faculdade Santa Marcelina (Fasm). Segundo ela, no século passado, os tão sonhados vestidos vistos na telona passaram a fazer parte do universo de desejo feminino, pois as mulheres acreditavam que, ao usá-los, teriam não só uma roupa bonita, mas também o encanto da personagem admirada.

“Vestidos que marcaram o cinema em décadas passadas são encontrados em figurinos de filmes atuais e mesmo em coleções nacionais e internacionais”, explica Marco Apollonio, profissional do Instituto Europeo di Design de São Paulo (IED). E as telas do cinema já eternizaram muitos clássicos, que, independente da época, não saem nunca de moda. O mais famoso deles até hoje é o longo preto e justinho usado pela atriz Audrey Hepburn em “Bonequinha de Luxo” (1961).


“Sua forma retangular e comprimento logo abaixo do joelho, em versão já adaptada, favorece as silhuetas do corpo feminino”, garante Mariana Roncoletta, professora de Design de Moda da Universidade Anhembi Morumbi.

Mas é importante ressaltar que o visual de Audrey poderia não ter feito tanto sucesso se estivesse sem o colar de pérolas. “Vestidos são essenciais, mas acessórios também são imprescindíveis para compor um estilo”, avalia Apollonio. E acrescenta: “Um único vestido pode ser usado tanto no escritório como em uma festa à noite, basta combinar com um colar ou brincos luxuosos e a bolsa certa”, completa ele.

O vermelho usado pela atriz Julia Roberts em “Uma Linda Mulher” (1990) causou identificação em massa entre o público feminino e virou ícone. “As clientes aparecem aqui com fotos do vestido do filme, pois existe o desejo de se colocar naquele papel, nem que seja por 1 dia”, conta Juliana Ariza, estilista de vestidos de festa. Mas não são apenas os modelos antigos que fazem sucesso. O século 21 também tem seus vestidos marcantes. Segundo Juliana, o longo amarelo com decote generoso nas costas usado por Kate Hudson em “Como Perder um Homem em 10 Dias” (2003) está entre os destaques, assim como todo o figurino do filme “O Diabo Veste Prada” (2006).

A estilista acredita ainda que o novo filme da Disney “Alice no País das Maravilhas”, lançado no último dia 5 nos Estados Unidos e com estreia marcada para abril no Brasil, vai virar febre, principalmente entre adolescentes na faixa dos 15 anos e jovens formandas. Uma semana antes do lançamento do longa-metragem de Tim Burton, a estilista japonesa Sue Wong, convidada pela Disney, lançou uma coleção de festa inspirada nas personagens da aventura, como Alice, a Rainha de Copas e o Coelho Branco. Pela repercussão na mídia, já deu para sentir que o filme será mais um queridinho no mundo da moda.

Matéria da Profª Andréia Miron (FASM)
Fonte: Folha Universal, 21/03/2010

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