quarta-feira, 17 de março de 2010

AULA MAGNA COM RUTH ROCHA


Ocorreu no dia 24 de fevereiro, na Faculdade Santa Marcelina - Unidade Perdizes, a tradicional Aula Magna ministrada pela consagrada escritora Ruth Rocha, autora de mais de 130 livros infantis, com mais de 10 milhões de exemplares vendidos.
Leia um pequeno trecho da Aula:
Estou muito honrada e alegre por estar aqui falando a vocês neste início das aulas e honrada por vir a esta faculdade para dar as boas vindas aos alunos que chegam e aos que voltam às aulas: estes jovens bonitos e esperançosos que vêm em busca de uma formação profissional que vai, muito provavelmente, moldar as suas vidas.
Quero agradecer aos que me escolheram para isso e especialmente à irmã Fátima que me fez o simpático convite. Me sinto honrada por ser esta uma instituição que luta por tudo que é bom.
Além da formação dos jovens que é seu objetivo mais visível, esta instituição luta pela divulgação e pelo fortalecimento dos valores humanos mais significativos e pela propagação de uma ética positiva e enriquecedora.
Num mundo cada vez mais globalizado, onde por vezes as diferenças se chocam e se atritam, é muito importante a existência de forças agregadoras e solidárias, na busca de um mundo melhor.
Vou ler para vocês um pequeno texto que eu escrevi quando me pediram que eu explicasse as motivações porque eu escrevo.

Mais difícil do que escrever ficção é, certamente, escrever sobre a realidade.
Mais difícil do que inventar é, na certa, lembrar, juntar, relacionar, interpretar-se.
Explicar-se é mais difícil do que ser.
E escrever é sempre um ato de existência. Quando se escreve conta-se o que se é.
Parece que se inventa, mas não: vive-se. Parece que se cria, mas na verdade aproveita-se.
A história como que está pronta dentro da gente.
É como a pedra bruta, da qual o escultor tira os excessos.
O que sobra é a obra.
No espírito, no fundo, no íntimo, a história espreita.
Ela existe antes que o escritor suspeite.
A história é mais real do que qualquer explicação.
A realidade do que sou está mais no que escrevo do que nas racionalizações que eu possa fazer.

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